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Livros abertos

Resenhas

O livro “Memórias e narrativas” dos historiadores José Carlos Meihy e Leandro Seawright é por um lado uma introdução ao campo da história oral, escrito para pesquisadores iniciantes – acadêmicos ou não – que se veem envolvidos nos desafios de estudar e trabalhar com a memória de expressão oral; mas por outro lado, ele é também uma sistematização dos conceitos, reflexões e teorias desenvolvidos pelos autores ao longo de suas trajetórias acadêmicas e de atuação, sobretudo como integrantes do Núcleo de Estudos em História Oral da Universidade de São Paulo (NEHOUSP). A generosidade do livro está justamente aí: ao apresentar a complexidade do campo da história oral, os autores explicitam seus posicionamentos frente a esse cipoal, desembaraçando os caminhos a serem percorridos pelos neófitos pesquisadores que se debruçam sobre a memória e a história. 

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Entre os estudos publicados recentemente sobre as Migrações Internacionais, um dos mais instigantes é, sem dúvida, o do historiador e professor da Universidade de São Paulo, José Carlos Sebe Bom Meihy.

Lançado em 2004 pela Parábola Editorial, Brasil fora de si: experiências de brasileiros em Nova York, é o resultado de mais de cinco anos de pesquisas e de milhares de horas de convívio do autor junto a brasileiros residentes na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Ao todo foram cerca de 700 entrevistas gravadas com emigrantes oriundos de diferentes regiões do Brasil.

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Este guia atualiza conceitos e indica caminhos operacionais para interessados em trabalhos com entrevistas. Escrito com clareza e objetividade, o livro é recomendado para acadêmicos, comunidades e empresas. Rigor na condução de projetos e fundamentação teórica são atributos que valorizam os trabalhos na área de história oral.

Exemplos de como fazer projetos nos diversos campos que usam entrevistas são demonstrados como modelo de uma prática que avança em todos os setores da vida moderna.

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Esta coletânea apresenta um panorama da produção dos pesquisadores do Núcleo de Estudos em História Oral da Universidade de São Paulo (NEHO-USP), que tem como elemento comum a importância dada à escuta dos grupos vulneráveis, submetidos aos discursos e às ações de ódio ou que enfrentam os desafios diversos diante do recrudescimento político. Segundo os organizadores da coletânea: “Seja na escuta de homossexuais, de mulheres, de quilombolas, de indígenas, de religiosos, de intelectuais, de professores, entre outros grupos, e mesmo dos mais antagônicos agentes, reclamamos o fortalecimento da democracia porque a experiência da história oral brasileira não está dissociada da luta pela palavra democratizada. Para acessar clique aqui

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Em Augusto & Lea; um caso de (des)amor em tempos modernos, Sebe, como é mais conhecido, avança sobre os pressupostos metodológicos mais tradicionais da história oral praticados no Brasil. Alguns desses pressupostos, quando em fase de elaboração, receberam expressivas contribuições desse autor de Canto de Morte Kaiowá e Manual de História Oral, entre muitos outros livros, artigos e entrevistas. A preocupação com a metodologia que possibilita a construção das fontes orais nortearam sua produção intelectual enquanto historiador, favorecendo a difusão – e aceitação – das fontes orais na academia brasileira.

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O que é história oral? Qual a relação entre história oral e entrevista? Como fazer um projeto de história oral? A história oral brasileira é diferente? Leitura útil e importante para compreender um mundo que caminha entre palavras, discursos, narrativas e esperanças de compreensão, História oral: como fazer, como pensar é uma introdução abrangente e exemplificada, destinada a todos - estudantes e professores de História, pesquisadores, jornalistas e demais interessados -, que busca facilitar o aprendizado e ampliar os debates sobre como abordar: memória, identidade e comunidade - matérias-primas da história oral.

Resultado de anos de pesquisas teóricas e aplicação em diversos temas, este livro foi organizado como um roteiro em que a experiência prática se articula às ponderações teóricas de maneira que uma justifique a outra.

Dividido em duas partes, o como fazer é um guia atento que responde e mostra os passos da elaboração de projetos em história oral; o como pensar é um roteiro teórico que enlaça tanto a origem, pertinência da transformação do conceito de documento, quanto o desafio de quem se vale da história oral como uma oportunidade de aliar avanços da eletrônica com a capacidade de ponderar sobre o mundo no tempo presente.

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Dezesseis vidas de diferentes estados do país juntam-se por um único propósito: exigir a reforma agrária durante a manifestação realizada em Brasília no dia 17 de abril de 1998, depois de percorrerem vários quilômetros na Marcha Nacional por Reforma Agrária, Emprego e Justiça.

A manifestação, a marcha, a massa não são formadas por um conjugado amorfo de pessoas sem origem e destino, e sim por “vozes” que têm história de vida, de luta, de militância. Vozes da Marcha pela Terra resgata a história de vida de 16 manifestantes, mostrando através do relato de suas trajetórias, que a luta é composta de pequenos sonhos, que se juntam em um sonho maior de liberdade, justiça e solidariedade.

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